Viver é amargo e doce
Amar sob impulso é posse
Agir sem pensar é coice
Riscar livremente é traço
Pra por no lugar só gesso
Papel rasgado se amassa
De missa não sei um terço
Escada que subo e desço
No ontem que agora esqueces
Inspiração a qual pereço
Sentidos se estabelecem
Os fios que hoje teces
Novelos roídos por traças
Na taça o vinho que bebes
Sem pressa a vagar nas praças
Na ausência de som que ouvisse
Baixinho caberia um verso
Versando a dor, traduzisse
Silêncio, sentimento imerso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário