segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Por aí

Apenas mais um rapaz comum, sem sobrenome e parente importante
Sem herança e riqueza mas o coração de uma dimensão gigante
Andando por todos os cantos, já que a vida é uma grande viagem
Eternizo os momentos bons, o resto não há espaço na bagagem
Sigo calmo como o transito da minha cidade, que me permite atravessar a rua sem olhar pra trás
Não se desespere se eu sumir por uma semana, ou se também não aparecer nunca mais
É que novas paisagens me satisfazem, e essa estrada despertou a vontade de caminhar
Entorpecido de novidades, estou te perdendo pra quem sabe me achar
Nesse caminho ainda desconhecido e de mãos dadas com a curiosidade
A passos largos eu me afasto de tudo aquilo que era saudade
Me permito a desbravar novos cursos, como um rio que passa debaixo da ponte
Águas não pedem passagem, apenas transbordam no limite do horizonte 
Guarda o que ficou na dispensa, e dispensa as magoas que restaram
Não és ruim a tal ponto de ignorar os bons momentos que sobraram
Vagando em um mesmo vagão por aí quem sabe a gente não se encontra
Na certeza de que os tempos são outros, as malas já estarão prontas
É minha sina conhecer o mundo, e isso carrego desde menino
A gente se vê pelas esquinas da vida, 
Vou partir sem deixar pistas, vestígios do meu destino ...






quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Desilusão

Meu mundo caiu
Mesmo com os pés em terra firme
Caiu também a ficha,
E nela estava escrito o fim.
De mim, não espere mais nada
Já não estou afim de esperar
Por alguém que só se ausenta
Que esquece e aumenta, toda essa ilusão
Aqui nesse mesmo chão
Éramos três, você, eu e o talvez
Mas o tempo urgiu e agora somos dois
Você, quem sabe depois
Porque hoje meu par é a desilusão.