Depois de intensas tempestades e reviravolta
Velejei nos mares da maldade,
Avistei o cais da saudade
Remei contra a onda que sufoca
Mas marinheiro inocente em primeira viagem
Deixa em terra firme toda sua coragem
E mesmo antes de partir já deseja a volta.
Sem direção segui por onde o vento soprava
E o balanço do mar me levou a naufrágio
Águas inundaram exatamente onde estava
O velho timoneiro do coração frágil
Assim, com o peito a deriva em pleno mar revolto
Quis ancorar no mais próximo porto
Onde o farol apontava uma direção
Aprendi a navegar no oceano das dores
E fui até o arquipélago sem cores
Para descobrir que é uma ilha a solidão
