terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Atentado Costa Verde

Senhores, muito cuidado com o que tem dentro dessa mochila...

Enquanto uns entram, anunciam o assalto e tomam pertences
Eu entro, furto apenas o silencio e atinjo mentes
Sem revolver nas mãos não é preciso esconder a bolsa
Minha arma é somente a voz, então por favor me ouça
Pode ser?
Me ouça, pois calado eu irei consentir com o que está errado
Não poderei expressar o sentimento guardado
E de nada valerá a luta se nada tiver mudado
Deu pra entender?
Assim eu sigo, roubando dentro dos coletivos... sua atenção
Apesar de preto e de entrar pela frente, eu não sou ladrão
Calma, não se engane e queira me dar voz de prisão
Pois minha alma é livre e a poesia desata qualquer algema
Sem sentido é buscar uma solução quando não se conhece o verdadeiro problema
E é uma pena, ter que passar por isso
Omisso? Omisso eu não sou quando entro no mercado e o segurança me segue
Pra minha "segurança" ou por sua desconfiança
Ele me persegue
Seguindo meus passos, meus atos, meu traços
Apertando o cinto e balançado os braços
Me entristece ver que ele tem aparência parecida
A mesma procedência e o emprego pra sustentar outras vidas
O Sistema é foda, como dito em Tropa de Elite
Mais cedo, la pra meio-dia, a elite da tropa tirou meu apetite
E olhe que tinha presunto pra Bocão nenhum botar defeito
Esse é o efeito
Fazer você odiar seu irmão e ter medo da sua própria sombra
Lembram da mochila? Pois bem
Agora, perdoe-me os idosos e as crianças mas neste momento detonarei a bomba
Pow! êsia



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